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segunda-feira, 19 de julho de 2010

Sábado, 17 de julho – Mais areia, neve, gelo, e.... areia

Levantamos de madrugada e fizemos um leve café da manhã no carro, rumo ao gêiser.
A estrada, de ripio, foi extremamente mal falada pelas mocinhas da secretaria de turismo, mas o guia nos deu uma dica de outro caminho e por lá seguimos, sem problemas.
Chegamos em Gêiser Del Tatio ao amanhecer, depois de 90km de estrada. MARAVILHOSO, mais uma vez meus olhos não puderam acreditar no que viam (frase feita, eu sei, mas foi isso mesmo). Um lindo espetáculo da natureza, que pudemos contemplar todos juntos, mais uma vez.
As águas quentes brotam do chão a uma temperatura de 85º, por isso, nem pensar em chegar perto, hein?!!!


Com o nascer do dia é possível ver com mais intensidade as “fumarolas” dos gêiseres, que contrastam com a luz do sol e o frio da manhã. Estava -5º. Como sabíamos do friozinho que enfrentaríamos a 4.300 metros de altitude, fomos equipados. O João mais parecia um bonequinho de neve, nem fechava os braços de tanta roupa: 3 meias, 4 calças, 4 blusas, 1 jaquetão, bandana, gorro de lã, capuz do moletom e 2 luvas de lã. Aliás, foi o traje de todos....


O cheiro de enxofre também é constante no lugar, nada que perturbe, mas se faz presente.
Logo abaixo dos gêiseres estão as piscinas naturais, uma com água quente e outra nem tanto... ninguém se arriscou a entrar (ainda bem!).
Saímos de lá de volta para o hostal, para carregar o carro e seguir para o Passo de Jama, rumo à Salta, na Argetina, já no caminho de volta. E a tempestade de neve nos acompanhando, sempre. Tudo por aqui ficou pintado de pó, até dentro dos quartos....
Arrumamos o carro e fizemos um lanche leve, já que o passo também está a mais de 4 mil de altitude. Era por volta das 12h. Chegamos na aduana e quando chegou a vez do Dani na fila (nota: a aduana aqui é mais tranqüila, apenas para sair de San Pedro), o chefe chegou dizendo que o passo estava “cerrado”.
O Dani entrou para falar com o chefe Aduaneiro para perguntar se o Passo de Sico também estava fechado, ele disse que se um estava o outro também, mas como estavam sem telefone somente os Carabineiros poderiam responder a essa pergunta, Dani com sua “teimosia”, foi atrás dos Carabineiros para perguntar, o gentil guarda telefonou para a Aduana do “Passo” para certificar que realmente estava fechada, disseram que no Chile estava aberta, mas na Argentina eles não sabiam e iriam se certificar, para aguardarmos e logo eles iriam até o lado Argentino perguntar e nos dariam a resposta (em tempo as duas aduanas não tem comunicação, precisam rodar 20 km de ida e 20 de volta para uma resposta) . Impressionante como é falho todo o sistema.
Já eram mais de 4 da tarde quando decidimos ficar mais uma noite em San Pedro para não correr o risco de pegarmos estrada de noite...
Aí a saga da procura por hospedagem continuou. Voltamos ao hostal que estávamos e já estava lotado. A simpática recepcionista que atende lá nos ajudou nas ligações para procurar um lugar.... a maioria lotado.
Encontramos um hostal muito simpático, El Monte. Lá ficamos e jantamos espaguete...
Nota: lá falamos BOM DIA, ai que saudade de ouvir nossa língua... rsrs

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