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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Quarta-feira, 21 de julho – rumo à Bolívia

Pegamos o carro (de primeira, sem choro, nem reza.... rsrsr) e seguimos para La Quiaca, extremo norte da Argentina, divisa com a Bolívia. No caminho, uma paradinha em Purmamarca, para os meninos “mirarem” o Cerro de las 7 Colores, o original, rsrsr. Tiramos fotos com a lhama Juanita, de 6 meses, que estava lá para deleite dos turistas, que pipocavam pela cidade, ou melhor, pelo povoado....


Lá tem uma feira de artesanatos, na praça central. Tudo muito colorido, bonito, carro e quase tudo vindo da Bolívia, rsrs.
Depois de um delicioso piquenique, sob a copa de uma árvore gigantesca, demos uma volta para feira e seguimos nosso destino do dia.
Chegamos em La Quiaca no fim da tarde e fomos procurar hospedagem na cidade de Yave, a 16 km dali. Um povoado, ou melhor, “pueblito”, bem pequenininho, mas que tinha umas 6 ou 7 hosterias. Fomos olhar e na quarta, ficamos. Uma linda cabana, bem limpinha, com cozinha e banheiro descente (raro por onde passamos).
Em Yave são 3.500 metros de altitude. Nem preciso dizer o cansaço coletivo, menos JP, que passou ileso por todas as adversidades, com exceção da pele, que acabou queimadinha pelo frio.... rsrs. Toda a nossa volta era uma aridez impressionante. As casas todas feitas de adobe, incluindo nossa cabana, sempre em tom marrom, ruas sem calçamento e dificilmente vemos gente na rua.
Aqui a nota é para o corajoso Yan. Ele e o Dani foram os únicos a mastigar a folha de coca, que por aqui, é indicada para amenizar os sintomas da alta altitude, que pode ser um cansaço exagerado ao fazer qualquer esforço por menor que seja, desarranjo intestinal e um pequeno “reboliço” no estomago.
Kauê também não se habilitou, assim como eu (Nota: ecaaaaa! A folha de coca tem um cheiro estranho e também é estranho conversar com alguém que está com uma bolota de folhas “descansando” do lado da boca).
Depois do momento cultural entre pai e filhos (Dani sentou com eles para explicar tudo isso), fomos cozinhar nosso jantar, ou melhor, tentar. O fogão, que tinha mais ou menos uns 60 anos, tinha apenas 3 bocas e uma delas não estava funcionando, além disso, as outras duas que restaram estavam mais lentas que minhoca na subida.... haja paciência.
Preparamos um macarrãozinho (o mais fácil e é o que mais agrada a galerinha), com cebola assada na brasa, batatas souté (tentativa disso, na verdade) e a nova invenção do papai Dani: atum agridoce.
Compramos no mercadinho local duas cebolas gigantes, e uma delas, totalmente branca.... para temperar até que dá, mas o sabor dela é mais aguado, não tão acentuado como as nossas, mas também é mais leve. Assadas ficaram ótimas.
Fomos deitar por volta das 21h30, todos moídos.... Programamos nossos relógios para às 6h da madrugada (isso mesmo, por aqui o dia amanhece quase 8 da manhã). Ninguém conseguiu levantar. Dani levantou com o despertador, mas ficou com pena de chamar nossa turminha e voltamos a dormir mais um pouco. Levantamos às 8h.
Tomamos nosso café, preparado a 6 mãos (papai Dani aqueceu o pão na brasa, com uma leve queimadinha, Kauê preparou o leite em pó para todos e Yan colocou a mesa).
Antes do café tivemos a brilhante idéia de fazer o chá da folha de coca para todos tomarmos, já que mastigar aquilo estava fora dos meus planos! Até o JP encarou, não gostou, claro, mas tomou sem reclamar muito.


Bom, tudo arrumado, carregamos o carro e...... nada de pegar. Assim como em San Antonio de los Cobres, a super-máquina nos deixou na mão. Em altitude e frio, o diesel congela e a bateria também não suporta. Conseguimos conectar na bateria do carro do dono do hotel que estávamos, mas antes, esforço coletivo para jogar água quente no motor, e brasa embaixo do carro, risada só, rsrsr.
Em algumas tentativas, funcionou. Obaaaaa. Pé na estrada e rumo às compras....

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