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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

2º dia São Luiz do Paraitinga, sexta-feira, 16.

Tomamos um café da manhã reforçado e seguimos para a cidade, ver melhor tudo que vimos na noite anterior.
Nos surpreendemos com São Luiz do Paraitinga. A cidade foi assolada pela chuva em janeiro de 2010 e está quase reconstruída. Alguns casarões no centro histórico ainda mostram a marca da devastadora enchente, que levou parte da história arquitetônica da cidade. Os que ainda não foram recuperados estão aguardando autorizações dos órgãos especializados para entrarem em obras.

A Igreja Matriz de São Luiz de Tolosa foi totalmente destruída, restando apenas algumas ruínas. Foi um misto de emoções: surpresa pela perda e igualmente surpresa pela reconstrução. Mas a surpresa maior (com perdão das repetições) foi a movimentação da cidade. No mercado, durante um show da Semana da Canção Brasileira, nos deparamos com um cartaz da programação cultural anual da cidade. Todo mês tem evento por lá.
A atração que mais chamou a atenção é um evento que ocorre sempre nos mês de outubro, no último fim de semana do mês: a festa do Saci.
Espantados? Pois bem, nós também ficamos! Em um almoço delicioso após um passeio igualmente agradável pela cidade descobrimos que por lá fica o berço da Sociedade dos Observadores de Saci, que nasceu há aproximadamente 8 anos e conta com diversos colaboradores, de áreas diferentes (http://www.sosaci.org). Soubemos que a idéia surgiu justamente para seguir na contramão dos americanismos adotados no Brasil, principalmente o dia das bruxas. Então esse grupo de amigos criou a Sociedade dos Observadores de Saci para mostrar o quão rica é nosso folclore. No ano passado, o evento reuniu cerca de 1.000 crianças na praça de São Luiz... tudo de bom!
Voltamos para a pousada no fim do dia, mortos de cansaço das andanças e muito felizes com outra surpresa que tivemos. Conhecemos por lá um senhor, de nome José Inácio. Ele se apresentou como sendo um irmão franciscano e nos contou sua história de vida. Apesar da fala clara, suas roupas puídas nos deram a sensação de ser um homem sozinho... durante nossa “prosa” na esquina da Igreja Matriz, muitos o cumprimentaram algumas crianças fizeram troça... ele respondeu educadamente à todos. Seu José Inácio nos permitiu tirar uma foto e nos pediu uma cópia para guardar de recordação... lição de vida com seu José Inácio.
Como não podia deixar de ser, batemos outro dedo de prosa com Maria Inês, que nos enriqueceu ainda mais com suas histórias de família e de outros que passaram pelo caminho do casal. Fomos dormir embalados pelos sons da noite na fazenda.

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